quarta-feira, 25 de julho de 2012

Uma reflexão sobre o preconceito nas diversas classificações

Liberdade de expressão, sim. O que não pode e que acaba se tornando altamente questionável é o preconceito e as expressões pejorativas.

 por Por Luciana H. Mussi, da Redação Portal na categoria 'Comportamento'

Atualmente a palavra do momento é “criticar”, não importando o quê e como. Liberdade até para falar aquilo que não se tem a menor ideia. Essa é uma triste e dura constatação.

Muito se tem comentado sobre a mudança de estilo e linguagem dos jornais (O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo, O Grupo Globo), mas agora a questão central das discussões gira em torno da entrada na TV aberta da mídia tradicional, especificamente ocupando um espaço na TV Cultura com temas populares e de interesse geral.

Mas, confesso, que de todas as matérias lidas, uma chama a atenção, exatamente pelo tom um tanto pejorativo de seu título. Me refiro ao texto “Piercing nos velhinhos”.

Para entender é necessário acompanhar o processo de escrita da matéria: inicialmente falou-se sobre a mudança de percurso dos principais jornais (estilo, linguagem, estética), ou seja, no seu jeito de passar a notícia, tornando-a mais popular e acessível ao grande público. Em seguida a entrada dos mesmos com seus jornalistas na disputada telinha e numa emissora reconhecidamente “cultural”.

Até aí, tudo bem, cada um pensa e fala o que quer, não é assim, principalmente com o “boom” da internet, facebook, twitter e outros? Mas, na verdade, o que não pode e que acaba se tornando altamente questionável é o tom de preconceito, utilizando-se uma intolerância e acidez insuportáveis.

Primeiro ponto: qual o problema dos grandes jornais entrarem num veículo de comunicação e ainda com um material notadamente de alcance popular? Usar uma linguagem “mais do dia a dia”, até coloquial virou uma discussão dos “grandes” que se julgam cultos demais para aceitar um tipo de cultura diferente, aquela das esquinas, das conversas nos bares e encontros do tipo “happy hour”?

A matéria diz: “é interessante analisar os movimentos que a imprensa tradicional tem feito para se adaptar aos novos hábitos de consumo de mídia, principalmente por parte do público mais jovem. Na programação apresentada pela Folha na TV Cultura podia-se notar que o esforço por imitar certo estilo MTV em alguns quadros andou beirando o ridículo, como na reportagem sobre irregularidades no uso de caçambas na capital paulista, com entrevistas, aos gritos, improvisadas nas ruas. O estilo já é usado pela Globo no jornalismo local, com a atuação histriônica do repórter Marcio Canuto”.

Bem, se o estilo Marcio Canuto agrada, não é a questão. O que soa exagerado é essa caça as bruxas do chamado “jeito popular de ser”.

É interessante que vivemos imersos nas chamadas classificações: isto é culto, aquilo é popular, aquilo ali está fora de moda então está velho, obsoleto e para o que está obsoleto, o caminho é a troca imediata e lixo para algo ou alguém que um dia teve sua utilidade.

Por outro lado, a reportagem lembra bem quando “há duas décadas, um certo jornal num processo de renovação para enfrentar o crescimento do seu maior concorrente, saiu com um anúncio no qual o referido era mostrado como um senhor idoso de cabelos azuis.

A matéria é finalizada com a constrangedora frase: “a imprensa tradicional é uma estrutura rígida, não um sistema adaptável. Não estando disposta a se deixar conduzir pela dinâmica social mais complexa, resta-lhe pouco mais do que aplicar uns piercings em seus modelos envelhecidos”.

Devo dizer, finalmente, que o título da matéria foi de extremo mau gosto e profundamente desrespeitoso. Que conceito preconceituoso de velhice é esse que se percebe nas falas soltas e fáceis totalmente sem responsabilidade? Que relação mais estranha é essa de ligar a mídia tradicional e seus entraves e burocracias com a velhice? Acaso velhice significaria intolerância, falta de flexibilidade ou algo ultrapassado?


Só se for para os tolos, porque até eles, se derem muita sorte, vão envelhecer.


Referências

COSTA, L.M. (2012). Piercing nos velhinhos. Disponível em http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/piercing_nos_velhinhos. .



Idosos apresentam melhor performance em corridas

É o que revela estudo francês ao analisar os resultados da maratona de Nova Iorque, de 1980 a 2009. Esses resultados contradizem a ideia de que a idade reduz inexoravelmente o rendimento físico.

Por redação Portal na categoria 'Comportamento'

Romuald Lepers y Thomas Cattagni, pesquisadores do Instituto Nacional da Saúde e a Investigação Médica, da França, afirmaram na revista especializada Age, que o estudo revelou que o que demanda uma corrida de 42 km, foram os homens acima de 64 anos que conseguiram reduzir mais tempo e as mulheres acima de 44 anos. Segundo eles, esses dados sugerem que esses corredores ainda não alcançaram seus limites de performance em maratona.

O melhor desempenho desportivo dos chamados “máster athletes” (nome dado aos idosos que praticam com assuidade) corresponde, segundo os pesquisadores, a dois fatores. O primeiro deles é o boom mundial de maratonas pelos países afora. No Brasil, ao menos nas grandes capitais virou moda. E o segundo é que o limite físico para esta faixa etária parece estar mais longe do que se pensava até o momento.

Os resultados do estudo francês contradizem a ideia de que a idade reduz inexoravelmente o rendimento físico. Os investigadores atribuem esse melhor rendimento dos máster a cada vez mais assídua participação de pessoas acima de 60 anos em maratonas, o que significa maior treinamento, menos lesões e mais possibilidades de continuar melhorando.


Referências
Ríos, Sebastián A. Adultos mayores, los corredores que más mejoran la performance. Disponível em http://www.lanacion.com.ar/1459637-adultos-mayores-los-corredores-que-mas-mejoran-la-performance.

Cérebro: jovem para sempre

Trabalhos recentes esboçam receita para a saúde cerebral na terceira idade. Os estudos parecem concordar em um ponto: é fundamental realizar atividades físicas.

Pesquisas atestam a importância da atividade física para manter o cérebro saudável. (foto: Justyna Furmanczyk/ Sxc.hu) Experimentos recentes têm indicado a direção – para os mais entusiastas, o caminho – para um cérebro saudável na terceira idade. Os resultados coincidem em um ponto: atividade física é essencial.

Um dos mais recentes nessa linha, publicado no periódico Trends in Cognitive Sciences, é o feito pela equipe de Lars Nyberg, da Universidade Umeå (Suécia), que traz boa notícia: envelhecer é inevitável, mas o cérebro não precisa acompanhar esse processo. ||Adendo: conta mais aquilo que você faz na terceira idade pela saúde do órgão do que aquilo feito ao longo da vida. Paradoxal? Explicação: quando o assunto é cérebro, alguns ganhos logo são perdidos.||

//Conta mais aquilo que você faz na terceira idade pela saúde do cérebro do que aquilo feito ao longo da vida. Mas é fato que os cérebros de muitos idosos mostram pouca ou nenhuma diferença em relação aos de adultos mais jovens. Com desempenho cognitivo intacto, indicam que a manutenção cerebral é possível.//

Um dos desalentos do cenário é o seguinte: educação não irá salvar seu cérebro, pois pesquisas mostram que doutores (PhDs) e pessoas de baixa escolaridade têm a mesma probabilidade de perder a memória com a idade. Nem mesmo profissões ‘complexas’ importam muito nesse quesito: os ganhos de ser um pensador contumaz perdem-se rapidamente com a aposentadoria.

Difícil e simples
Nos últimos tempos, a ‘malhação mental’ – palavras cruzadas são o exemplo clássico e mais recentemente o sudoku – ganhou adeptos e atenção da mídia. Para muitos especialistas, no entanto, o valor dessas atividades isoladas para a manutenção cerebral é ainda especulativo.

 Quando o assunto é saúde mental, vale a seguinte fórmula: fórmulas fáceis parecem não existir. Mas, talvez, exista uma fórmula ‘simples’, extraída de experimento recente com roedores feito pela equipe de Justin Rhodes, da Universidade de Illinois (EUA). Os resultados foram apresentados na última conferência da Sociedade para as Neurociências dos EUA – um artigo será em breve publicado, explica Rhodes à CH.

No experimento, camundongos foram divididos em quatro grupos. O ambiente do primeiro era um tipo de paraíso para esses roedores: boa comida, água com sabores, casinhas confortáveis e cenários coloridos, com túneis, bloquinhos etc. O segundo grupo também era de hóspedes ‘cinco estrelas’, com uma diferença: havia um disco (de pequeno diâmetro) que possibilitava aos roedores praticar alguma atividade física.

O terceiro grupo era o dos excluídos: realidade nua e crua, comida normal e uma gaiola sem nada. O quarto grupo era também de desapropriados, mas lá havia uma ‘roda gigante’, para os roedores correrem.

 O resultado foi surpreendente. Feitos os testes cognitivos e análise de tecidos, apenas uma coisa importou para a saúde cerebral: se os animais tinham ou não se exercitado. Ambiente enriquecido não influenciou os resultados – apesar de os camundongos, diz Rhodes, adorarem os ‘brinquedinhos’ da gaiola.

 Resumo do experimento: para manter o cérebro, é preciso atividade física. Ponto.

Por quê? Possível explicação: exercitar-se gera neurônios. A partir dos 30 anos, humanos perdem cerca de 1% por ano do volume do hipocampo, região do cérebro responsável pela memória e pelo aprendizado.

 Corredor ou matemático?
Os resultados de Rhodes levam a questões interessantes. Uma delas: no quesito saúde cerebral, é melhor ser um corredor de longa distância ou um matemático sedentário?

Resposta de Rhodes para a CH: “Acho que a grande diferença é que os efeitos dos exercícios físicos na cognição parecem se generalizar por todos os domínios cognitivos. Enquanto a matemática poderia melhorar aspectos específicos da cognição relacionados a essa disciplina, a atividade física parece reforçar todos eles (ou, no mínimo, todos os diferentes tipos que até agora têm sido testados, como função executiva, memória de curto e longo prazos, aprendizado espacial, processo de aprendizado, aprendizado associativo etc.).

Rhodes dá seu veredicto: “Sem dúvida, é melhor ser um corredor do que um matemático sedentário (a menos que você queira ser bom em matemática e não se importe em perder outros aspectos da cognição que afetam a vida diária, como navegação espacial etc.).”

“Temos alguns [dados] neurobiológicos nesse aspecto. Parece que os novos neurônios criados com a corrida são largamente recrutados por diferentes tarefas que envolvem o hipocampo, enquanto aqueles gerados em resposta – ou que sobreviveram seletivamente – a um evento de aprendizagem são recrutados de modo específico, por apenas aquela experiência”, diz Rhodes.

 “Eu não diria que a atividade física é o único fator-chave para a manutenção do cérebro. Vejo os exercícios como um contribuinte, mas estudos epidemiológicos também sugerem, de modo bem convincente, que estímulos cognitivos e sociais dão contribuições importantes. Eu diria que, para humanos, a situação ótima é alcançada por uma boa combinação desses fatores”, diz Nyberg.

 Em uma coisa os experimentos sobre saúde do cérebro parecem concordar: atividade física é fundamental. E, enquanto os especialistas não chegam a um consenso sobre outros fatores, não custa adicionar à receita palavras cruzadas e algum bom entretenimento.

Cássio Leite Vieira Ciência Hoje/ RJ
Fonte: Texto originalmente publicado na CH 293 (junho de 2012). Foto: fotos: Justyna

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Nossa dica de programa para o final de semana

O CineBancários recebe, nos dias 13 e 14 de julho, às 21h, sessões de pré-estreia do premiado “Violeta Foi para o Céu”, de Andrés Wood (Machuca). Vencedor de diversos festivais, como o Sundance de 2012, o longa conta a história da compositora, cantora e folclorista chilena Violeta Parra. A partir do dia 20, o filme entra em cartaz, em três sessões diárias, às 15h, 17h e 19h.


Baseado no romance homônimo de Ángel Parra, filho de Violeta, o longa faz um retrato da famosa Violeta, preenchido com seu trabalho musical, suas memórias, seus amores e esperanças. O filme é uma co-produção entre a produtora brasileira BossaNovaFilms, a chilena Wood Producciones e a argentina Maiz Producciones, e a distribuição é da Imovision.


Veja o trailer .: Ingressos (inclusive na pré-estreia)
.: público em geral: R$ 5,00
.: Estudantes, idosos acima de 60 anos, bancários e jornalistas sindicalizados e clientes Banrisul: R$ 2,50

FICHA TÉCNICA
Chile, Brasil e Argentina, 2011, 110 minutos, 35mm, Color, Dolby SR.
Direção: Andrés Wood
Elenco: Francisca Gavilán, Cristián Quevedo, Thomas Durand, Luis Machín, Gabriela Aguilera, Roberto Farias,
Patricio Ossa, Jorge López, Francisca Durán
Música: Violeta Parra
CineBancários
(51) 34331204 / 34331205
Rua General Câmara, 424, Centro - POA
blog: cinebancarios.blogspot.com
site: cinebancarios.sindbancarios.org.br
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Twitter: @cine_bancarios

terça-feira, 3 de julho de 2012

NEURÓBICA, a 'aeróbica dos neurônios' e a prevenção ao Alzheimer

Os autores desta descoberta, Lawrence Katz e Manning Rubin (2000), revelam que NEURÓBICA, a 'aeróbica dos neurônios', é uma nova forma de exercício cerebral projetada para manter o cérebro ágil e saudável, criando novos e diferentes padrões de atividades dos neurônios em seu cérebro. Cerca de 80% do nosso dia-a-dia é ocupado por rotinas que, apesar de terem a vantagem de reduzir o esforço intelectual, escondem um efeito perverso; limitam o cérebro.

Sobre o Alzheimer, vale a pena ler mesmo que você não tenha este problema na família.

Por; Roberto Goldkorn é psicólogo e escritor
Meu pai está com Alzheimer. Logo ele, que durante toda vida se dizia o Infalível'. Logo ele, que um dia, ao tentar me ensinar matemática, disse que as minhas orelhas eram tão grandes que batiam no teto. Logo ele que repetiu, ao longo desses 54 anos de convivência, o nome do músculo do pescoço que aprendeu quando tinha treze anos e que nunca mais esqueceu: esternocleidomastóideo.

O diagnóstico médico ainda não é conclusivo, mas, para mim, basta saber que ele esquece o meu nome, mal anda, toma líquidos de canudinho, não consegue terminar uma frase, nem controla mais suas funções fisiológicas, e tem os famosos delírios  paranóicos comuns nas demências tipo Alzheimer. Aliás, fico até mais tranqüilo diante do 'eu não sei ao certo' dos médicos; prefiro isso ao 'estou absolutamente certo de que....', frase que me dá arrepios.

E o que fazer... para evitarmos essas drogas? Como? Lendo muito, escrevendo, buscando a clareza das idéias, criando novos circuitos neurais que venham a substituir os afetados pela idade e pela vida 'bandida'.

Meu conselho: é para vocês não serem infalíveis como o meu pobre pai; não cheguem ao topo, nunca, pois dali só há um caminho: descer.Inventem novos desafios, façam palavras cruzadas, forcem a memória, não só com drogas (não nego a sua eficácia, principalmente as nootrópicas), mas correndo atrás dos vazios e lapsos.

Eu não sossego enquanto não lembro do nome de algum velho conhecido, ou de uma localidade onde estive há trinta anos.. Leiam e se empenhem em entender o que está escrito, e aprendam outra língua, mesmo aos sessenta anos.

Coloquem a palavra FELICIDADE no topo da sua lista de prioridades: 7 de cada 10 doentes nunca ligaram para essas 'bobagens' e viveram vidas medíocres e infelizes - muitos nem mesmo tinham consciência disso

Mantenha-se interessado no mundo, nas pessoas, no futuro. Invente novas receitas, experimente (não gosta de ir para a cozinha? Hum... Preocupante). Lute, lute sempre, por uma causa, por um ideal,pela felicidade. Parodiando Maiakovski, que disse 'melhor morrer de vodca do que de tédio', eu digo: melhor morrer lutando o bom combate
do que ter a personalidade roubada pelo Alzheimer.

Dicas para escapar do Alzheimer:

Uma descoberta dentro da Neurociência vem revelar que o cérebro mantém a capacidade extraordinária de crescer e mudar o padrão de suas conexões.

Os autores desta descoberta, Lawrence Katz e Manning Rubin (2000), revelam que NEURÓBICA, a 'aeróbica dos neurônios', é uma nova forma de exercício cerebral projetada para manter o cérebro ágil e saudável, criando novos e diferentes padrões de atividades dos neurônios em seu cérebro. Cerca de 80% do nosso dia-a-dia é ocupado por rotinas que, apesar de terem a vantagem de reduzir o esforço intelectual, escondem
um efeito perverso; limitam o cérebro.

Para contrariar essa tendência, é necessário praticar exercícios 'cerebrais' que fazem as pessoas pensarem somente no que estão fazendo, concentrando-se na tarefa. O desafio da NEURÓBICA é fazer tudo aquilo que contraria as rotinas, obrigando o cérebro a um trabalho adicional. Tente fazer um teste:

- use o relógio de pulso no braço contrário;
- escove os dentes com a mão contrária da de costume;
- ande pela casa de trás para frente; (vi na China o pessoal treinando
isso num parque);
- vista-se de olhos fechados;
- estimule o paladar, coma coisas diferentes;
- veja fotos de cabeça para baixo;
- veja as horas num espelho;
- faça um novo caminho para ir ao trabalho.

A proposta é mudar o comportamento rotineiro!

Tente, faça alguma coisa diferente com seu outro lado e estimule o seu
c érebro. Vale a pena tentar! Que tal começar a praticar agora, trocando o mouse de lado?
FAÇA ESTE TESTE E PASSE ADIANTE PARA SEUS (SUAS) AMIGOS (AS).

'Critique menos, trabalhe mais. E, não se esqueça nunca de agradecer!'
Sucesso para você!!!
A cada 1 minuto de tristeza perdemos a oportunidade de sermos felizes por 60 segundos