domingo, 19 de setembro de 2010

Terceira Idade não é ficção

MOSTRA DE CINEMA
TERCEIRA IDADE NÃO É FICÇÃO Adicionar imagem


Promoção: Fritid e Sindicato dos Bancários

De 28 de setembro a 2 de outubro de 2010
Entrada Franca
Sessões às 15h, 17h e 19h
Os velhos são a sabedoria viva em todas as sociedades ditas primitivas. Nelas, sempre há o Conselho de Anciãos. Nas atuais, em especial naquelas surgidas da expansão europeia do século XV em diante, há disso resquícios formais, como o Senado. Na prática, a velocidade das transformações que a tecnologia proporcionou aos humanos deslocou o velho do lugar respeitável outrora ocupado, ao mesmo tempo que em quase todo o planeta cresce a longevidade e o percentual de velhos. Hoje, o velho deseja muito mais do que se aposentar, vestir um pijama e jogar dominó.

Visando dar nossa contribuição ao conjunto social, a Fritid, em parceria com o Sindicato dos Bancários de POA, organizou a mostra de filmes Terceira Idade Não é Ficção, a ser apresentada pelo CineBancários entre os dias 28 de setembro a 2 de outubro.
A programação inclui o francês Uma Amizade Sem Fronteiras, no qual um velho comerciante muçulmano e um adolescente judeu nos convidam a pensar sobre o conflito entre os primos semitas.
O estadunidense Colcha de Retalhos apresenta uma visão do universo feminino, pela narrativa de cada personagem sobre sua própria vida, entrelaçando gerações.
O argentino Conversando com Mamãe sugere uma reflexão sobre temas como a moradia (ou falta de), a relação entre o filho e a mãe, a nora com a sogra, o filho com o namorado da mãe, e tem como atração maior a atuação da grande atriz China Zorrilla.
O brasileiro O Outro Lado da Rua mostra a falta de sentido da vida de uma mulher separada, ocupada num programa de denúncia anônima criado pela polícia. Aqui também aparece o tema da falta de moradia (o ex-marido dela reside com o filho) influindo na relação entre mãe e filho.
O também brasileiro Chega de Saudade apresenta uma galeria de personagens comuns, que se encontram nos tradicionais bailes de terceira idade, nos quais buscam uma válvula de escape para suas vidas solitárias.


PROGRAMAÇÃO

28 de setembro a 2 de outubro de 2010

Entrada Franca

Sessões às 15h, 17h e 19h

28 de setembro (terça-feira)
15h– O Outro Lado da Rua
17h – Colcha de Retalhos
19h – Conversando com Mamãe

29 de setembro (quarta-feira)
15h – Chega de Saudade
17h – Uma Amizade Sem Fronteiras
19h – O Outro Lado da Rua

30 de setembro (quinta-feira)
15h – Colcha de Retalhos
17h – O Outro Lado da Rua
19h – Chega de Saudade

1º de outubro (sexta-feira)
15h – Uma Amizade Sem Fronteiras
17h – Chega de Saudade
19h – Colcha de Retalhos

2 de outubro (sábado)
15h – Chega de Saudade
17h – Uma Amizade Sem Fronteiras
19h – Conversando com Mamãe

Resumo dos filmes

Uma Amizade Sem Fronteiras (Monsieur Ibrahim et les Fleurs du Coran), de François Dupeyron(França, 2003, 95 minutos)
O muçulmano Ibrahim Deneji (Omar Sharif) é o dono de uma mercearia em Paris, que fica amigo de Momo (Pierre Boulanger), um pobre garoto judeu de 13 anos. Após ser abandonado pelo pai, Ibrahim decide adotar Momo. Com o tempo os dois se tornam cada vez mais amigos, com o garoto aprendendo os ensinamentos do Corão.

Conversando com Mamãe, de Santiago Carlos Oves (Argentina, 2004, 86 minutos)
Mamá (China Zorrilla) e seu filho Jaime (Eduardo Blanco) vivem em mundos opostos. Ele tem família, filhos e uma vida confortável. Ela, esclerosada, vive uma vida simples, sozinha. Quando Jaime é despedido da empresa em que trabalha, se vê em meio a dívidas e precisa de dinheiro: a única saída é vender o apartamento da mãe. Mas a grande surpresa é que ela tem um noivo 13 anos mais novo que ela, com quem pretende se casar e continuar morando neste apartamento.

Colcha de Retalhos (How to Make an American Quilt), de Jocelyn Moorhouse (Estados Unidos, 1995, 116 minutos)
Enquanto elabora sua tese e se prepara para se casar, Finn Dodd (Wynona Ryder), uma jovem mulher, vai morar na casa da sua avó (Ellen Burstyn). Lá estão várias amigas da família, que preparam uma elaborada colcha de retalhos como presente de casamento. Enquanto o trabalho é feito ela ouve o relato de paixões e envolvimentos, nem sempre moralmente aprováveis, mas repletos de sentimentos, que estas mulheres tiveram. Neste meio tempo ela se sente atraída por um desconhecido, criando dúvidas no seu coração que precisam ser esclarecidas.

Chega de Saudade, de Lais Bodansky (Brasil, 2007, 92 minutos)
Uma noite de baile, em um clube de dança em São Paulo, acompanhando os dramas e alegrias de cinco núcleos de personagens. A trama começa ainda com a luz do sol, quando o salão abre suas portas, e termina ao final do baile, pouco antes da meia-noite, quando o último frequentador desce a escada. Uma melancólica visão da solidão na terceira idade, inspirada no clássico O Baile, de Ettore Scola.

Trailer do filme Chega de saudade





O Outro Lado da Rua, de Marcos Bernstein (Brasil, 2004, 97 minutos)
Para se refugiar da solidão, Regina (Fernanda Montenegro), uma aposentada de 65 anos, procura pequenos delitos para denunciar à polícia. Uma noite, ao vigiar o prédio do outro lado da rua, ela acredita ter presenciado um assassinato. Quando a polícia declara ter ocorrido uma morte natural no local, Regina resolve investigar o caso por conta própria e acaba se envolvendo com o suposto assassino, Camargo (Raul Cortez). Os dois personagens iniciam então uma relação tardia e cheia de contradições, em que ambos irão reavaliar suas vidas de um modo que nunca poderiam imaginar.




quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Justiça Federal determina à ANS que não permita reajuste de planos de saúde para idosos

A Justiça Federal em Minas Gerais determinou que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) mude todas as suas resoluções, para que os idosos não sofram reajuste nos planos de saúde ao completarem 60 anos de idade.
O juiz Lincoln Pinheiro Costa, da 20ª Vara Federal em Belo Horizonte, tomou a decisão com base no Estatuto do Idoso, que proíbe a variação de valor por faixa etária nos contratos dos clientes com mais de 60 anos.
De acordo com o Ministério Público Federal em Minas Gerais, responsável por mover a ação e que divulgou a decisão do juiz federal, a resolução da ANS, que estipula variação de preço por faixa etária, desrespeita o estatuto. Outro argumento do MPF é de que as operadoras dos planos alegam que as regras da ANS valem apenas para os contratos firmados depois de janeiro de 2004, quando o estatuto passou a vigorar.
Procurada pela Agência Brasil, a ANS não se manifestou sobre a decisão judicial. Ainda cabe recurso da decisão.
Fonte: Agência Brasil

Estatuto do Idoso completará sete anos e parte da população ainda desconhece direitos

O Estatuto do Idoso vai completar, em 1º de outubro, Dia Internacional do Idoso - sete anos de promulgação. Apesar do tempo em vigor, parte da população ainda desconhece todos os direitos garantidos no documento, criado com o objetivo de assegurar saúde, lazer e bem-estar aos cidadãos com mais de 60 anos, idade estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMC) para definir um idoso.
Poucos parecem saber, por exemplo, que a lei proíbe os administradores de planos de saúde de discriminarem o idoso, cobrando dele valores mais altos devido à sua idade. Ou que o Poder Público é obrigado a criar oportunidades de acesso do idoso a cursos especiais que lhe permitam se integrar à vida moderna.
Ao responder sobre as conquistas e as dificuldades enfrentadas por quem chegou à terceira idade, pessoas de diferentes idades se limitaram a citar o direito ao atendimento preferencial e a gratuidade do transporte público como importantes avanços.
“Uma das conquistas é o passe livre”, disse a agente aeroportuária Flávia Cristina Facundo, 33 anos. O motoboy Gabriel Borges, 26 anos, além de citar as “várias vantagens de locomoção”, lembrou que os idosos “passam à frente nas filas” para justificar sua impressão de que, “ao contrário do que muita gente diz, hoje há maior respeito com as pessoas mais velhas”.
O aposentado Willian de Souza, 69 anos, discorda. Embora reconheça que em certos aspectos houve melhoras, ele reclama que ainda há muito o que fazer pela saúde e pela qualidade do transporte, dois setores contemplados no estatuto. “É preciso que haja uma condição de transporte condizente com a terceira idade”, afirmou Souza, fazendo coro com os entrevistados que reclamaram da falta de atenção de motoristas, da altura dos degraus dos ônibus e da falta de pontos de ônibus.
“Eles [os motoristas] fingem que não veem e passam direto. Eles não têm amor à pessoa de idade. Pensam que nunca vão ficar velhos, mas um dia eles vão envelhecer”, queixa-se Iracema Farias, 72 anos.
Na última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que a população brasileira está ficando mais velha. De acordo com o IBGE, enquanto em 2007 os brasileiros acima de 60 anos eram 10,5% da população, em 2008 esse percentual subiu para 11,1%.
“Acho que é preciso garantir maior acesso dos idosos à saúde porque os índices de longevidade estão cada vez melhores”, sugere o jornalista Luís Flávio Luz, 35 anos.

Fonte: Agência Brasil

Trabalho após aposentadoria é bom para saúde

Aposentandos que continuam trabalhando têm menos doenças sérias e "funcionam" melhor do que os aposentados que simplesmente param de trabalhar.
Um estudo da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, realizado com mais de 12 mil pessoas que tinham entre 51 e 61 anos, indicou que as pessoas que, após a aposentadoria, se mantinham "na ativa" relataram maior saúde mental do que aqueles que haviam parado completamente.
Publicado no Journal of Occupational Health Psychology, o estudo mostrou que, além disso, essas pessoas apresentavam menos problemas de saúde física, como câncer e doenças cardiovasculares.
Essa melhor saúde mental não foi observada entre aqueles que passavam a trabalhar em uma área diferente de sua carreira anterior.
Os pesquisadores especulam que a adaptação a um diferente ambiente de trabalho ou a condições de trabalho diversas pode acabar resultando em estresse, afetando negativamente a saúde e a qualidade de vida.

Fonte: Correio do Brasil

BBC vai escalar mulheres maduras como apresentadoras


A emissora britânica "BBC" tentará desmentir aqueles que a acusam de discriminar as mulheres maduras recolocando à frente das câmeras apresentadoras que já passaram dos 50 anos.
Julia Somervillke, de 62 anos, Fiona Armstrong, de 53, e Zinab Badawi, de 50, estão prestes a assinar contratos muito lucrativos com a emissora pública, informa hoje o jornal "The Daily Telegraph".
A decisão é consequência da advertência lançada há um ano pelo diretor-geral da "BBC", Mark Thompson, segundo quem as acusações de discriminação por idade continuariam, a menos que mulheres maduras fossem contratadas para estes postos.
A emissora estatal causou reações negativas, especialmente entre as espectadoras, quando decidiu afastar uma apresentadora com mais de 30 anos de experiência.
Atualmente, a única apresentadora de um programa de notícias da "BBC" com mais 50 anos é Maxine Mawhinney.
A decisão de contratar âncoras de mais idade foi bem recebida por Joan Bakewell, assessora do Governo e da própria emissora, que recentemente reclamou com Thompson do fato de a "BBC" ter vários cinqüentões como apresentadores.
"Alegra-me que a 'BBC' tenha decidido voltar a contratar mulheres com talento, capazes de entrevistar tanto (a secretária de Estado americana) Hillary Clinton como o ator Clint Eastwood", destacou Bakewell.

Iniciativas para idosos ainda são tímidas

O presidente Lula sancionou, em janeiro, a lei que institui o Fundo Nacional do Idoso, criado para financiar programas e ações pelos direitos desta população. De acordo com a lei, as pessoas físicas e jurídicas que contribuírem com o fundo podem deduzir até o limite de 1% do imposto de renda devido.
Em entrevista à Agência Câmara, o deputado Beto Albuquerque (PSB-RS) afirmou que espera que o fundo dê condições para as casas de abrigo “terem sustentação e cumprirem um papel que o Poder Público não cumpre, que é o de cuidar dos idosos desvalidos”. Ele comenta que esse foi “o motivo que deu origem ao projeto”.
Poderão ser financiados também programas de inclusão social, de cultura e de proteção. Mas o fundo ainda é um passo “muito tímido” para as necessidades dos idosos, de acordo com Paulo César Gomes, assessor de ação da Pastoral da Pessoa Idosa. “O valor a ser abatido não estimula as pessoas a investirem”, afirma.
No Brasil, já existem cerca de 21 milhões pessoas acima de 60 anos, o que representa 11% da população. Algumas chegam a completar o centenário – casos famosos são a atriz Dercy Gonçalves, que faleceu com 101 anos, e o arquiteto Oscar Niemeyer, que completou 100 anos recentemente. “Temos que repensar a maneira como tratamos essa população”, comenta Gomes.
Para ele, o Estatuto do Idoso trouxe alguns avanços importantes, como o transporte gratuito, as filas de prioridade e os conselhos de direitos dos idosos presentes em Estados e municípios.
Mas ainda faltam muitos objetivos, principalmente no que diz respeito à saúde e ao bem-estar. No primeiro caso, trata-se de uma dificuldade crônica no Brasil. “O idoso tem direito a tratamento, mas não consegue ter acesso”, diz. Ele menciona ainda a falta de especialistas em medicina geriátrica no sistema de saúde público.
O Estatuto do Idoso prevê que família, comunidade, sociedade e Poder Público assegurem diversos direitos, inclusive saúde, alimentação, dignidade, respeito e convivência familiar. Mas muitas famílias desrespeitam estes direitos.
“Elas deixam os idosos em quartos sem ventilação e iluminação, sem alimentação, higiene e cuidados básicos”, relata, referindo-se principalmente a casos em que o idoso teve complicações de saúde e não consegue se movimentar sozinho.
Outro tipo de abuso comum é relacionado aos empréstimos compulsórios, que facilitam acesso a crédito por pessoas aposentadas. “A família se aproveita disso para comprar itens que nem serão usadas pelo idoso, como motocicletas”, revela.
A Pastoral da Pessoa Idosa tem combatido esta situação com visitas periódicas aos idosos. “Num primeiro momento, a família tenta esconder o idoso e as condições em que ele vive”, afirma. E de seu lado, o idoso não denuncia por medo de retaliações ou porque quem pratica os maus tratos são os mesmos que “cuidam” dele.
Beto Albuquerque afirmou, na entrevista à Agência Câmara, que algumas metas do Estatuto não foram alcançadas por “falta de financiamento”. Mas Gomes acredita que o componente cultural é mais forte do que o econômico.
“Vivemos em uma sociedade de culto à juventude, à saúde e ao corpo, que acha que quem está ficando velho deve ser alijado da sociedade”, diz. O assessor menciona Zilda Arns, que fundou a Pastoral da Pessoa Idosa e lutava para que as empresas se conscientizassem das necessidades dessa população.
Ainda existem poucas iniciativas do investimento social privado voltado à terceira idade. Um dos programas de maior visibilidade é o Talentos da Maturidade. Criado pelo Banco Real, em 1999, ele tem previsão de continuar com a incorporação pelo Grupo Santander Brasil.
O programa estimula pessoas com mais de 60 anos por meio da arte e tem como objetivo criar redes de relacionamento e provocar a reflexão na sociedade sobre o papel do idoso. No ano passado, foram mais de onze mil inscritos no concurso cultural.
“O concurso faz muitos descobrirem talentos que nem sabiam que tinham e traz à tona grandes histórias de vida”, afirma o diretor executivo de estratégia da marca e comunicação corporativa do Grupo Santander Brasil, Fernando Martins. “É um exemplo de que podemos oferecer condições de igualdade e oportunidades de valorização para todos os públicos”, complementa.

Grito da Terra Brasil quer atenção especial a trabalhadores rurais da terceira idade


Os problemas e as dificuldades dos trabalhadores rurais que estão na terceira idade será um dos principais temas apresentados pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) nas negociações previstas com o governo federal, durante o movimento Grito da Terra Brasil.
De acordo com a entidade, dos 25 milhões de tralhadores rurais, 30% – ou cerca de 7,5 milhões – encontram-se na terceira idade. “Nossas preocupações vão desde as fraudes, que fazem de aposentados e pensionistas rurais vítimas de golpes com o crédito consignado, até a reivindicação para que o governo doe aos idosos do campo uma pequena terra com habitação, para evitar quer eles tenham de se mudar para as favelas das grandes cidades após serem demitidos pelo patrão”, explica o secretário de Terceira Idade da Contag, Natalino Cassaro.
O Grito da Terra Brasil é um movimento pelo qual, desde 1995, movimentos sindicais e federações ligados a trabalhadores rurais apresentam aos governos federal, estaduais e municipais uma série de reflexões, reivindicações e anseios gerados com base nas necessidades da agricultura familiar brasileira. O manifesto é organizado pela Contag.


Fonte: Agencia Brasil